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 Elas Também Matam- série de pinturas, primeiros trabalhos de Elis Pinto- 2011/2014. Por influência de seu interesse pela 7ª arte  e sua proximidade com o cine clubismo, tendo como referência cenas de filmes onde mulheres são as  protagonistas de suas histórias, segurando armas pra matar ou não a mocinha está no lugar de ação e não passividade.  O flerte com a linguagem fotográfica é explicitado na reprodução de um  close quando Elis escolhe colocar, em alguns momentos, a arma e os olhares expressivos de suas personagens em primeiro plano, apontados para o espectador. A produção da série continua, porem as personagens passam a  serem representadas sem armas, em céu nublados, sendo canonizadas, coloridas, porém mantendo a intenção inicial, que é tirar o gênero feminino do lugar de frágil, delicada, ou somente sexy. As imagens produzidas por Elis causam estranhamento ao expectador que observa seus trabalhos, aqui, em acrílica e óleo sobre tela.

Exposição coletiva Extraordinária: olhares femininos fora da ordem.

SESC São João de Merití 2014

SESC São João de Meriti,

Rio de Janeiro- 2014

SESC Duque de Caxias,

Rio de janeiro- 2015

Elas Também Matam

Elas Também Matam- série de pinturas em acrílica sobre tela, e exibida em 2 importantes exposições com produção da Terreiro de Idéias, numa coletiva chamada Extraordinárias: Olhares Femininos Fora da Ordem, no SESC São João de Meriti- 2014 e Duque de Caxias- 2015, com participação de mais outras 3 artistas mulheres. Entre individuais e coletivas foram 10 exposições desta série entre 2013 a 2016.

Start, Necesidades, Vontade e Desdobramentos: Fazer circulação suas imagens é parte da preocupação de Elis em seu trabalho. Através de reproduções gráficas, a partir de fotografia, de sua imagens pintadas ou desenhadas, a artista de 36 anos, nascida na Baixada Fluminense, se apropria, de acordo com suas necessidades e desejos, utilizando técnicas e suportes variados, a fim de encontrar em sua produção imagens icônicas (releituras, tendo como referência imagens pré existentes) num diálogo com seu tempo. O que  nos move, o que toca diretamente em sua vida, tendo o feminino como objeto de pesquisa. O inconsciente coletivo, o sentido de pertencimento animal, em seu territorio. Apropriar-se e transformar, promovendo discussão, num diálogo entre o ideal o possível são pontos chave para a pesquisa e produção de Elis Pinto.  Nasce então, da relação da artista com a rua e seus contemporâneos que a influenciam em sua produção, a necessidade de ir pra rua. Utilizando a técnica de Lambe-Lambes, utilizando tal supor e linguagem que foi, a princípio, direcionada a propaganda, servindo somente ao comercio, o capital, o consumo. Muitas vezes com afirmações e posicionamentos politicamente condenáveis atualmente. Mas ainda ocorrentes. Questionando o termo poluição visual, vandalismo, atuando visualmente em seu meio e expandindo para outras cidades. Até mesmo com seus filmes, outra estratégia de apropriação e domínio territorial. Representar-se a si mesma. Uma de suas performances com colação ocorreu no bairro da Lapa R.J. Na ocasião a artista convidava transeuntes interessados em seu trabalho a colarem um Lambe juntos. Além de imprimir suas pinturas da série Elas Também Matam, e O Que Minhas Ancestrais Me Dizem?, em papel fotográfico, Elis realiza a colação de Lambe-lambes, e apropria-se da linguagem da Arte de Rua

Lambe-lambes

Colação de Lambe-lambes. Sarau do Escritório

Lapa, Rio de Janeiro. Dezembro- 2016

Colação de Lambe-lambes. São Paulo. Novembro- 2016

Flyers

Telas

Colação em Santa Teresa R.J.

Em 2014 frequenta alguns cursos teóricos, incluindo O Moderno e o Contemporâneo no MAM (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro). Passa a frequentar o curso A Prática da Pintura com Francisco Cunha e, inicia a série Trópicos- A Vênus do Fim do Mundo. Ocupa a monitora do curso e integra o Atelier Coletivo Codorna. Em 2016 é monitora do curso Experiências Gráficas. 2015 atua como assistente de pintura e desenho de (entre outros) Francisco Cunha, seu professor na EAV- 2015.

Trópicos- A Vênus do Fim do Mundo, série onde Elis trabalha imagens de corpos femininos, num movimento contrário a erotização de tal imagem. Em que a nudez é explorada enquanto objeto de apropriação e da auto-representação enquanto mulher afro-brasileira descendente de indígenas e europeus, considerando o inconsciente coletivo visual, reinventando uma visão tropical, a partir de imagens em narrativas cujas influências vem do tropicalismo, do O Manifesto Antropofágico, O livro de Hans Staden 'Duas Viagens ao Brasil, onde gravuras e ilustrações como as do artistas Debret, entre outros, trazendo de dentro pra fora, o olhar sobre o feminino e a afirmação de sua miscigenação Enquanto mulher negra brasileira. Tendo como referência as estátuas das Vênus europeias (símbolos de fertilidade e beleza feminina, na Grécia antiga) que se encontram hoje, em sua maioria, quebradas pela ação do tempo. Num movimento antropofágico a artista se alimenta do fantástico, do sul realismo, numa produção figurativa porém com liberdade de criação onde o imaginário coletivo, dominado pelas imagens, influência -nos até hoje a cerca das ideias, como por exemplo as relacionadas ao universo indígena (muitas vezes equivocadamente representado) e a cerca dos trópicos. A exuberância do Carnaval, a indígena, a volúpia da afro-brasileira, as Vênus européias, a força e a beleza encontradas nessas representações do feminino. Utilizando técnicas de pintura óleo e acrílica que se fundem criando uma atmosfera caótica, fragmentada, ou derretida onde esses corpos transitam, numa alusão a sobrevivência da mulher num futuro incerto e inseguro para humanidade, Elis desdobra seus trabalhos em pintura para o papel com colagens, nanquim, monotipia, gravuras, caneta acrílica posca, e chega a impressão gráfica e o audio visual . 

Floresta, 2016
Brasilian Carnevais- 2015
Trópicos- 2014
Ao Mar, 2015
Monstra Carioca, 2015
Sem título
Opostas- 2015
Ao Cubo, 2015
Três Graças, 2015
Tubérculos, 2015
Como uma dança, 2015
Trópicos, 2015
Sigamos, 2015
sem título, 2015
Tuberculos, 2015

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